Obesidade
A obesidade é definida como excesso de gordura corporal que determina prejuízo a saúde. Nas mulheres, a massa de gordura deveria corresponder a 20 a 25% do peso corporal (concentrada principalmente no quadril) e nos homens a 10 a 15% do peso corporal (concentrada principalmente no abdome).
A obesidade é definida como excesso de gordura corporal que determina prejuízo a saúde. Nas mulheres, a massa de gordura deveria corresponder a 20 a 25% do peso corporal (concentrada principalmente no quadril) e nos homens a 10 a 15% do peso corporal (concentrada principalmente no abdome).
Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro mais utilizado e padronizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é o índice de massa corporal (IMC). Ele é calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado. O valor normal está entre 18,5 a 24,9. Entre 25 a 30 corresponde ao sobrepeso e acima de 30 à obesidade. Entretanto, o IMC é uma ferramenta rápida e prática, mas não distingue massa magra e massa de gordura corporal.
A obesidade cresce dia após dia e hoje é considerada um dos maiores problemas de saúde pública. No Brasil, mais de 50% da população está acima do peso, ou seja, com sobrepeso ou obesidade, nas crianças está em torno de 15%.
Frear esse aumento e tratar esses pacientes é de suma importância, pois o excesso de gordura corporal está relacionado à diminuição da qualidade de vida (baixo autoestima, depressão, fadiga, intolerância ao exercício), outras doenças como hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, esteatose hepática, apneia do sono e aumento do risco cardiovascular, ou seja, aumento do risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Além disso, a obesidade está associada à maior risco de câncer de cólon, reto, próstata, mama, vesícula e endométrio.
A obesidade é uma doença crônica, ou seja, uma vez instalada deve sempre ser cuidada e controlada. Os mecanismos envolvidos no seu desenvolvimento são multifatoriais, e envolve a predisposição familiar, pessoal, estilo de vida, o meio em que o paciente se encontra, falta de atividade física regular, alimentação inadequada (hipercalórica), relacionado à ansiedade/compulsão alimentar e também secundário ao uso de certos medicamentos.
Ao procurar o endocrinologista ele irá identificar os principais pontos relacionados ao ganho de peso e tentar impedir a manutenção desses pontos obesogênicos, se possível.
O tratamento da obesidade é complexo, tarefa árdua, mas não impossível. Buscar ajuda é o passo inicial para aquele paciente motivado para medidas comportamentais, disposto a mudar suas escolhas, seus hábitos diários e seguir um plano alimentar com uma alimentação saudável e hipocalórica, associado à atividade física regular.
O tratamento multidisciplinar com nutricionista, educador físico e psicólogo também são fundamentais para o sucesso.
Aliado a tudo isso, o tratamento medicamentoso ajuda e acelera a perda de peso nos pacientes com indicação para o uso de medicações (presença de obesidade ou sobrepeso com comorbidades). Hoje no Brasil, está disponível a sibutramina, orlistate e liraglutida. Além desses, existe outras medicações que auxiliam no controle da ansiedade e são consideradas medicações com potenciais benefícios para perda de peso apesar de não ter essa recomendação em bula (uso off-label) como inibidores seletivos da receptação de serotonina (fluoxetina, sertralina), topiramato e bupropiona.
O uso dessas medicações não cura a obesidade, mas a perda de 5 a 10% do peso inicial já mostra grandes benefícios no controle da pressão arterial, diabetes mellitus, perfil lipídico e risco cardiovascular.
Para aqueles pacientes com obesidade grave ou obesidade moderada com outras doenças associadas a ela e falha documentada ao tratamento clinico (ausência de perda de peso ou falha em manter o peso perdido) por um período de 2 anos o tratamento cirúrgico com equipe multiprofissional e capacitada está indicada.
Caso você esteja acima do peso, busque ajuda de um endocrinologista, pois como foi dito anteriormente é possível perder peso para melhorar a qualidade de vida e evitar o desenvolvimento de várias outras doenças crônicas.