Doenças Osteometabólicas
A osteoporose é a principal doença óssea metabólica, com perspectiva de crescimento cada vez maior devido ao envelhecimento da população. No Brasil, aproximadamente, 10 milhões de brasileiros tem essa doença, segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation). Ela é caracterizada pela diminuição da massa óssea, maior fragilidade e maior risco de fratura.
OSTEOPOROSE
A osteoporose é a principal doença óssea metabólica, com perspectiva de crescimento cada vez maior devido ao envelhecimento da população. No Brasil, aproximadamente, 10 milhões de brasileiros tem essa doença, segundo a IOF (International Osteoporosis Foundation). Ela é caracterizada pela diminuição da massa óssea, maior fragilidade e maior risco de fratura.
No geral, ela é assintomática e muitas vezes é descoberta tardiamente quando o paciente já apresenta fratura. Dessa forma, procurar seu médico e fazer o diagnóstico é de vital importância. A fratura óssea é causa de dores crônicas, dificuldade para locomoção e diminuição da qualidade de vida. Quando acontece no fêmur ou quadril está associado com hospitalização, perda de massa magra, pneumonia, risco de tromboembolismo e mortalidade precoce.
Os pacientes mais susceptíveis a osteoporose são mulheres na pós-menopausa, homens idosos, tabagistas, etilistas, antecedente familiar de fratura de quadril ou fêmur, uso crônico de corticoide e pacientes com baixo peso. Além disso, a osteoporose pode estar relacionada com outras situações como hiperparatireoidismo, doença de Cushing, doença má-absortiva/pós-cirurgia bariátrica, medicamentos (glicocorticoide, anticonvulsivante, hormônio tireoidiano em doses altas).
O diagnóstico é feito pela densitometria óssea um exame simples, rápido e indolor, que avalia a massa óssea.
Uma fez feito o diagnóstico, evitar a piora da perda óssea e assim a fratura é o objetivo principal. O tratamento consiste na suplementação de cálcio quando necessário, normalização dos níveis de vitamina D, atividade física regular, cessar etilismo e alcoolismo e uso de medicamentos que atuam na reabsorção ou formação óssea como bifosfonatos, raloxifeno, denosumab e teliparatide, conforme a indicação de seu médico.
Além de tudo isso, medidas para prevenção de quedas principalmente no paciente idoso é de suma importância. Retirar tapetes do ambiente doméstico, uso de calçados adequados, corrimão nos banheiros, ambientes iluminados devem ser estimulados.
DOENÇAS DA PARATIREÓIDE
HIPOPARATIREOIDISMO
Ocorre quando o hormônio paratormônio (PTH) produzido pelas paratireoides deixa de ser produzido ou sua ação está prejudicada.
A causa mais comum, em nosso meio, pode ocorrer após retirada cirúrgica completa da glândula tireoide, caso as paratireoides que se situam ao lado dela sejam lesadas ou retiradas no procedimento (hipoparatireoidismo pós-procedimento). Outras causas mais raras são a destruição autoimune da glândula ou má formação genética, secundário à infiltração neoplásica, após irradiação, ou secreção hormonal alterada por distúrbios do magnésio sérico.
Os sintomas da doença, fraqueza muscular, câimbras e formigamento são decorrentes da diminuição do cálcio no sangue.
O tratamento consiste na suplementação de cálcio, vitamina D e sua forma ativa (calcitriol). Em alguns casos mais graves, quelantes do fosforo e diuréticos tiazídicos podem ser associados.
É importante ter acompanhamento especializado para monitorar o tratamento e as complicações crônicas da doença como doença renal, ocular, cardiovascular, óssea e manifestação neuropsiquiátrica.
HIPERPARATIREOIDISMO
É caracterizado pelo aumento da produção e secreção do paratormônio (PTH) pelas paratireoides.
Pode se r primário quando existe uma doença na própria glândula como adenoma, hiperplasia ou carcinoma ou secundário quando a hipersecreção ocorre devido a um distúrbio metabólico que estimula as paratireoides como na doença renal crônica e na deficiência de vitamina D.
O hiperparatireoidismo terciário é bem mais raro e cursa com uma hipersecreção autônoma de PTH mesmo com manifestação de hipercalcemia, geralmente é uma evolução do hiperparatireoidismo secundário.
Como o paratormônio é responsável pela regulação do cálcio no sangue as manifestações podem ser decorrentes desse aumento, como náusea, vômito, diminuição do apetite, confusão, letargia e fraqueza muscular, osteopenia/osteoporose, litíase renal, nefrocalcinose.
O diagnóstico é feito laboratorialmente, principalmente, com aumento do paratormônio e do cálcio.
Uma vez feito o diagnóstico, é necessário amenizar a hipercalcemia, suas complicações e se possível corrigir a causa que está levando ao hiperparatireoidismo.