Doenças da Tireóide

Ela é responsável por produzir os hormônios T3 e T4 que estão envolvidos em quase todas as funções orgânicas do organismo. Quando a produção desses hormônios está aumentada acontece o hipertireoidismo e quando está diminuída o hipotireoidismo. O hipotireoidismo é muito mais frequente que o hipertireoidismo e acomete quase 10% da população brasileira.

 

A tireoide é uma glândula situada na região anterior do pescoço, logo abaixo da cartilagem cricóide (“pomo de Adão”).

 

 

Ela é responsável por produzir os hormônios T3 e T4 que estão envolvidos em quase todas as funções orgânicas do organismo. Quando a produção desses hormônios está aumentada acontece o hipertireoidismo e quando está diminuída o hipotireoidismo. O hipotireoidismo é muito mais frequente que o hipertireoidismo e acomete quase 10% da população brasileira.

Alguns sintomas do hipotireoidismo são:

  • Cansaço, fadiga, indisposição, sono fácil
  • Irritabilidade, humor deprimido
  • Pele seca, queda de cabelo, unha fraca
  • Dor muscular e articular
  • Intestino preso
  • Inchaço
  • Alteração menstrual, infertilidade

Já alguns sintomas do hipertireoidismo são:

  • Batedeira
  • Tremor
  • Ansiedade, irritabilidade, insônia
  • Calor excessivo
  • Perda de peso com aumento do apetite
  • Intestino acelerado

Na presença desses sintomas ou se apresentar alguns dos seguintes fatores de risco também é necessário procurar um endocrinologista.

  • Antecedente familiar de doença tireoidiana
  • Homens e mulheres acima de 60 anos
  • Pacientes com doença autoimune – diabetes mellitus tipo 1, vitiligo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, entre outras
  • Pacientes em uso de amiodarona
  • Crianças com crescimento diminuído

Tanto para o hipotireoidismo quanto para o hipertireoidismo a principal causa é pela doença autoimune, respectivamente, tireoidite de Hashimoto onde os auto anticorpos destroem a glândula e doença de Graves onde os auto anticorpos estimulam a produção hormonal. Outros mecanismos envolvidos nas doenças tireoidianos podem ser uso de medicações (amiodarona, lítio, biotina, entre outras) radioterapia, tireoidite ou nódulos autônomos.

Algumas pessoas com doença de Graves pode desenvolver acúmulo de gordura e inflamação na região posterior do globo ocular levando a protusão ocular/exoftalmia.

Tanto no hipotireoidismo como no hipertireoidismo pode acontecer o bócio que é o aumento da glândula tireoide.

Existe também o hipotireoidismo gestacional que acontece em virtude das alterações hormonais na gestante, e se não tratada, pode trazer complicações materno e fetal (abortamento, parto prematuro, restrição do crescimento intrauterino e comprometimento neuro-cognitivo fetal) e o hipotireoidismo congênito, que acontece devido a um defeito importante na produção dos hormônios tireoidianos no recém-nascido, mas que hoje em dia é diagnosticado pelo teste do pezinho, o diagnóstico e tratamento precoce impedem o aparecimento das complicações.

Ao procurar o médico endocrinologista ele investigará com exames de sangue e de imagem para tentar estabelecer a causa da disfunção e instituir o tratamento necessário. O tratamento tende a melhorar muito os sintomas e fazer com que o paciente restabeleça seu dia a dia habitual.

 

Nódulos e Câncer de tireoide

Os nódulos tireoidianos são muito frequentes na população geral, aparecendo em até 60% da população, entretanto apenas 5% deles são malignos. Caso você perceba um nódulo ou abaulamento na região da tireoide você deve procurar um endocrinologista para o exame da sua tireoide e investigação.

A incidência do câncer de tireoide vem crescendo, é mais frequente nas mulheres, sendo hoje o 5⁰ tipo mais comum nas mulheres brasileiras.

 

 

Os pacientes com risco aumentado para câncer de tireoide são:

  • História familiar (1⁰ grau) para câncer de tireoide
  • Tratamento prévio com radiação para face, pescoço e tórax
  • Nódulo tireoidiano grande, de consistência endurecida, aderido ou com crescimento rápido
  • Nódulo tireoidiano em homem
  • Aparecimento de nódulos em idade <20 anos ou >70 anos

O Ultrassom de tireoide é o exame complementar que dará informações quanto ao tamanho, presença de calcificações, tipo de margens, presença de vascularização entre outras características.

Caso seja necessário, será solicitada a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) que determinará se a lesão é benigna, suspeita ou maligna.

Os tipos de câncer de tireoide são papilífero (menos agressivo e mais comum), folicular, anaplásico e medular (esses últimos de tratamento mais difícil).

O tratamento consiste na retirada da glândula (tireoidectomia) e muitas vezes, dose de iodo radioativo para eliminar focos residuais e possíveis metástase a distancia. Radioterapia e quimioterapia raramente são realizadas, mas são empregadas nos tipos anaplásicos, ou nos tumores agressivos sem condições de nova abordagem cirúrgica ou refratário aos tratamentos prévios.

Felizmente, a maioria dos pacientes com câncer diferenciado da tireoide (os mais comum) evolui muito bem, principalmente se diagnosticado precocemente, e assim tem índices de mortalidade semelhante à população geral.