Bomba de Insulina

Os diabéticos tipo 1 apresentam uma deficiência total na produção de insulina que é o hormônio responsável pela diminuição das taxas de açúcar do sangue (glicemia) devido uma destruição autoimune do pâncreas que é o órgão responsável pela produção desse hormônio.

 

Os diabéticos tipo 1 apresentam uma deficiência total na produção de insulina que é o hormônio responsável pela diminuição das taxas de açúcar do sangue (glicemia) devido uma destruição autoimune do pâncreas que é o órgão responsável pela produção desse hormônio.

Esses pacientes precisam receber insulinas por aplicação em seringas ou canetas de insulinas. Geralmente é necessária a aplicação de dois tipos de insulina ao longo do dia, uma insulina que tem cobertura por 24 horas, conhecida como insulina basal e uma insulina ultrarrápida que deve ser aplicada nas principais refeições quando há consumo de carboidratos. Dessa forma, a grande maioria dos pacientes recebem em média 4 aplicações de insulinas por dia.

 

 

A bomba de insulina é um dos recursos de tratamento do paciente diabético, em que minimiza a aplicação de insulina pelas canetas e seringas, pois através de uma cânula, cateter e reservatório a insulina é infundida continuamente. É uma modalidade de tratamento muito promissora, porém ainda pouco utilizada.

Esse dispositivo começou a ser utilizado no tratamento do paciente diabético tipo 1 a partir do final dos anos 70 com objetivo de manter um controle mais rigoroso da glicemia. Hoje, é o tratamento que mais se aproxima do pâncreas normal, pois permite uma liberação contínua de microdoses de insulina nas 24 horas do dia e doses maiores nas principais refeições.

A bomba de insulina é um aparelho com comando eletrônico, aproximadamente do tamanho de um cartão de crédito com espessura de quase 3 cm e que contem um reservatório de insulina que através de um cateter é injetada continuamente abaixo da pele do paciente por meio de uma cânula. Temos, hoje, no mercado, a bomba da Roche e da Medtronic.

 

 

 

 

Não é preciso nenhum procedimento cirúrgico para o seu uso, mas periodicamente é necessário trocas dos componentes da bomba. As cânulas são trocadas de 3/3 dias, cateteres e reservatórios de insulina 6/6 dias. Ela é ajustada conforme programação do seu médico endocrinologista.

Sua principal função é garantir um melhor controle, a fim de evitar as oscilações glicêmicas, eliminar as aplicações de insulinas com canetas ou seringas, e a longo prazo, evitar o aparecimento das complicações do diabetes como falência dos rins, perda visual, acidente vascular cerebral, infarto do coração, amputação de membros, entre outras. É amplamente sabido que o controle rigoroso da glicemia retarda o aparecimento e evolução dessas temidas complicações.

Entretanto, nem todo diabético tem indicação dessa modalidade de tratamento, é uma tecnologia que depende da dedicação do paciente, é necessário manter as medidas de glicemias capilares e manter uma dieta adequada com a técnica de contagem de carboidrato. É um tratamento caro, tanto pela aquisição da bomba e manutenção dos seus insumos mensais.

Geralmente, as principais indicações são pacientes com diabetes tipo 1, dentre eles, crianças que necessitam de pouca insulina e gestantes. Os pacientes que mais se beneficiam são aqueles com grandes oscilações das glicemias (variabilidade glicêmica) ao longo do dia e principalmente com hipoglicemias sintomáticas e graves. Algumas vezes, pode-se também ser utilizadas em pacientes com diabetes tipo 2 com grande dificuldade no controle mesmo com múltiplas doses de insulinas.

Caso você tenha interesse, converse com seu médico endocrinologista para saber se você tem as indicações e se é possível fazer uso da bomba de insulina. É um tratamento bastante dinâmico e quando bem indicado os benefícios são surpreendentes.